Comitiva deve reunir com o ministro da Defesa na terça-feira (15).
Eles querem a liberação de mais militares nas operações de busca.
Familiares
que irão a Brasília receberam um requerimento da Câmara Municipal de
Santarém, que solicita ao Ministério da Defesa a ampliação das equipes
de busca
(Foto: Cristian Bandeira/TV Tapajós)
Uma comitiva de dez pessoas, formada por políticos e familiares dos
passageiros do avião bimotor desaparecido no sudoeste do Pará, viaja na
tarde desta segunda-feira (14) para Brasília, para pedir apoio ao
ministro da Defesa, Celso Amorim. Eles querem a liberação de mais
militares da Aeronáutica, Marinha e do Exército nas operações de busca.(Foto: Cristian Bandeira/TV Tapajós)
O avião bimotor desapareceu quando seguia de Itaituba para Jacareacanga, no dia 18 de março. A aeronave transportava o piloto, um motorista e três técnicas de enfermagem que seguiam para uma aldeia dos índios Munduruku.
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O vereador de Itaituba, João Paulo Maister (PT), que acompanha a
comitiva na viagem com mais cinco vereadores do município, disse que a
reunião no Ministério da Defesa foi articulada por políticos da região e
deve ocorrer na tarde de terça-feira (15). O objetivo é melhorar a
dinâmica das buscas. "A gente tem observado que as buscas aéreas, até
agora, não estão surtindo efeito e isso já se vão quase 30 dias. Lá é
uma região de floresta densa e a gente precisa do exército brasileiro,
inclusive de operação especializada. Temos o BIS que é o Batalhão de
Infantaria de Selva, que pode dar esse suporte”, explica.Ainda segundo o vereador, como não há pistas se o avião caiu na água ou na mata, é necessária a presença da Aeronáutica e da Marinha. “Como o rio Tapajós está cheio, há um mar de água lá também. Então, a própria Marinha pode ajudar, porque não temos certeza se caiu na selva ou na água. Por isso estamos com essa ação em Brasília, para que o ministro da Defesa possa empreender além da Aeronáutica, a Marinha e o Exército nessa operação", completou.
Filha do piloto, Jéssica Feltrin: 'Precisamos
dessa liberação' (Foto: Luana Leão/G1)
De acordo com a filha do piloto, Jéssica Feltrin, 120 militares do
Exército estão em Itaituba preparados para entrar na mata, mas aguardam a
autorização do Ministério da Defesa. “A gente espera conseguir um apoio
maior nas buscas, conseguir a liberação dos 120 homens do Exército que
estão preparados em Itaituba, apenas aguardando essa liberação”.dessa liberação' (Foto: Luana Leão/G1)
A ação de mobilização envolve várias cidades do oeste e sudoeste paraense. Na manhã desta segunda-feira, a comissão que segue para Brasília recebeu um requerimento da Câmara Municipal de Santarém, que solicita ao Ministério da Defesa apoio e ampliação das equipes de buscas. "Todos estão se mobilizando, as forças políticas dessa região fazem contato, nos convidam e estamos levando isso tudo para Brasília", completou Jéssica.
Além de voluntários, 14 militares do Exército e seis bombeiros fazem as buscas pela selva. A FAB havia suspendido as buscas pelo bimotor no dia 3 de abril, mas no dia seguinte o helicóptero de resgate Black Hawk retornou para a base de Jacareacanga para continuar a operação, que também conta com apoio de outra aeronave, o SC-105 Amazonas do Esquadrão Pelicano.
Segundo o Salvaero da Região Amazônica, unidade da Aeronáutica que coordena as buscas no norte do país, no total, já foram contabilizadas 198 horas de voo e mais de 23.726,26 km² sobrevoados.
Segundo a FAB, a aeronave de patrulha P-3 Orion, que possui sensores capazes de identificar partes metálicas na mata fechada da região, atuou no dia 24 de março nas buscas.
Entenda o caso
A aeronave decolou do aeroporto de Itaituba às 11h40 do dia 18 de março e sumiu 1h20 depois de o piloto ter feito o último contato pelo rádio. Desde então, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizava buscas na região. Além das buscas aéreas, voluntários, que incluem moradores de Jacareacanga, funcionários do Distrito Sanitário Indígena e indígenas da tribo Munduruku também procuram diariamento na mata.
Passageira enviou mensagem de dentro do avião
ao tio (Foto: Luana Leão/G1)
Uma das passageiras chegou a mandar três mensagens de celular ao tio
avisando que o avião passava por problemas. No último SMS, Rayline
Campos informou o tio que o motor estava parando.ao tio (Foto: Luana Leão/G1)
A FAB chegou a anunciar a suspensão das buscas por tempo indeterminado, mas ao voltar para a base, em Manaus, a tripulação da aeronave teria avistado algo e decidiu retomar as buscas. O órgão militar informou ainda que a averiguação foi realizada sob condições meteorológicas não ideais e foi interrompida, mas em novas buscas, o avião continuou desaparecido . O Black Hawk ficará em Jacareacanga de sobreaviso para atuar em caso de acionamento.
De acordo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave desaparecida, de matrícula PR-LMN, estava regular. A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estavam em dia.
Fonte: G1 Pará
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