sexta-feira, 16 de novembro de 2012

16/11- Problema no Estado é a superlotação, diz Susipe

Sobre o comentário do ministro Gilmar Mendes, o superintendente do Sistema Penitenciário, André Cunha, disse ontem que não há, no Pará, qualquer problema no fornecimento de alimentação aos presos recolhidos às unidades prisionais do Estado. Ele também garantiu que não procede a informação de que houve redução na quantidade de comida distribuída aos detentos.
 

No mês passado, representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Justiça, do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, também do Ministério da Justiça, visitaram estabelecimentos prisionais paraenses, localizados na Região Metropolitana de Belém e no interior do Estado. E apontaram a superlotação e a falta de assistência jurídica aos presos como dois dos principais problemas verificados no sistema penitenciário paraense. 

E, na semana passada, membros do Conselho Penitenciário do Pará inspecionaram o Presídio Metropolitano I (PEM I), em Marituba. A cadeia, com 360 vagas, abrigava 629 presos, alguns em contêineres, mas todos em situação de extrema precariedade. 'A estrutura é totalmente inadequada com esgoto a céu aberto por toda parte, até na cozinha. Os presos não têm condições para trabalhar e o calor nos contêineres é insuportável', disse a procuradora da República Maria Clara Noleto, representante do MPF no Conselho que participou da vistoria. Além das condições de saúde, o Conselho revelou sua preocupação com a falta de atendimento médico e assistência jurídica regular e suficiente para os internos. A vistoria ocorreu um dia depois de um detento ter sido assassinado dentro do presídio.

Sobre esses fatos, o titular da Susipe deixa claro que o principal problema do sistema penitenciário do Pará é a superlotação. 'Temos perto de 12.500 presos, para 7.200 vagas. O governo recebeu (o sistema penitenciário) com pouco mais de 6.300 vagas. Para resolver toda essa problemática, isso passa pela equalização da relação preso-vaga. Um ser humano ocupando uma vaga. Temos dez novas unidade em construção. Para a construção de outras dez existem projetos, alguns já aprovados. Até 2014, o nosso planejamento é gerar seis mil vagas. Esperamos, com isso, zerar o déficit de vagas no sistema penitenciário do Pará. Talvez seja um dos poucos estados que terá esse déficit zerado até 2014', afirmou ele.



Fonte: Portal ORM
Com informações de O Liberal