27/10- Desmatamento cai no mês de setembro no estado do Pará

O desmatamento registrado no Pará em setembro de 2012 foi o menor apresentado no mês desde o ano de 2008, porém o número de focos de calor foi o segundo maior no período. É o que aponta o Boletim de Focos de Calor e Desmatamento, produzido pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) a partir de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o documento, em setembro deste ano foram detectados 37,60 km² de área desmatada em todo o Estado e 6.870 focos de calor.


O município com maior área desmatada foi Altamira, com 11,60 km2 atingidos, seguido por Trairão (9,17 km²), enquanto que Ulianópolis, com 0,26 km², teve a menor área atingida. De modo geral, o desmatamento ocorreu nas proximidades e no interior de unidades de conservação (UCs) e terras indígenas (TIs), com maior concentração ao longo da rodovia BR-163 (Santarém-Cuiabá). Constatou-se que 26,28% do total desmatado no Estado localizou-se nas UCs, correspondendo a uma área de 9,88 km², o que demonstra que, mesmo estando legalmente protegidas, as unidades de conservação continuam ameaçadas pelo desmatamento. 

Em relação aos 6.870 focos de calor registrados, a maior incidência ocorreu em São Félix do Xingu (1.259 focos), seguido por Altamira (708) e 48% dos municípios registraram entre 1 e 10 focos de calor. Nas Unidades de Conservação, Terras Indígenas (TI) e Áreas Especiais, foram detectados 1.887 focos, o que corresponde a aproximadamente 27,47% do total. 

A diretora em exercício de Estudos e Pesquisas Ambientais do Idesp, Andréa Coelho, explica que os números referentes ao desmatamentos e focos de calor nem sempre são proporcionais. Ela ressalta que o período é de maior suscetibilidade a queimadas, devido a diminuição das chuvas e baixa umidade, mas principalmente porque esse período coincide com o calendário agrícola da região, quando o fogo é comumente utilizado no preparo do solo para as atividades agropecuárias. 



Fonte: Portal ORM
Com informações da Agência Pará