sexta-feira, 5 de outubro de 2012

05/10- Dinheiro apreendido no Pará seria utilizado para crime eleitoral, diz PF




A Polícia Federal informou nesta quinta-feira (4) que o R$ 1,13 milhão apreendido em Parauapebas, no sudeste do Pará na última terça (2) seria usado para prática de crime eleitoral. De acordo com as investigações da PF, vídeos do sistema de segurança do aeroporto de Carajás registraram a movimentação do local no momento em que o monomotor onde estavam as mochilas com o dinheiro aterrissou no município, e um grupo suspeito de envolvimento com o caso foi identificado após análise das gravações.

O dinheiro estava com um casal que viajava de Belém para Parauapebas. Eles e o piloto da aeronave foram detidos após o juiz eleitoral Líbio Araújo Moura receber uma denúncia de que o valor seria utilizado para prática de crimes eleitorais. O casal e o piloto foram liberados após prestarem esclarecimentos para a polícia.


O delegado Antonio José Carvalho, da PF e Marabá, que coordena as investigações, identificou as pessoas que iriam receber o dinheiro. Segundo a polícia, foram intimados a prestar declarações sobre o caso dois donos da empresa Etec Engenharia, um funcionário da Secretaria de Saúde de Parauapebas, o coordeador político da campanha do Partido dos Trabalhadores em Parauapebas e o dono da empresa White Tratores. Eles devem ser ouvidos na próxima terça-feira (9).

Em entrevista à TV Liberal, João Do Valle, empresário da White Tratores, apresentou um contrato milionário firmado com uma empresa de Belém, e disse que o dinheiro apreendido é parte de pagamento feito a ele. "O dinheiro veio em espécie porque eu tenho problemas na minha conta e poderia ter bloqueio do dinheiro", explica Do Valle.

Ainda segundo o empresário, o valor seria destinado ao pagamentos de funcionários e de fornecedores, e também para compra de gado. A defesa do empresário aprensentou à Justiça documentos que provariam que o dinheiro é de João Do Valle. O empresário declarou que em anos anteriores já financiou campanhas políticas, mas que este ano não estaria apoiando nenhum partido.

O G1 entrou em contato com o PT Pará, que informou que ainda não foi informado oficialmente sobre a convocação do membro do partido. Em nota, a Coligação Majoritária Todos Por Parauapebas (PA), liderada pelo PT e que congrega mais sete partidos, "denuncia manobras políticas que visam atingi-la e prejudicar seus candidatos à eleição municipal do próximo domingo". No texto, o PT do Pará se diz "vítima de verdadeiros atos de 'terrorismo'". O partido nega qualquer envolvimento com o episódio de apreensão de dinheiro.

O G1 tentou contato com a empresa Etec Engenharia, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o caso.

O G1 também tentou contato com a prefeitura de Parauapebas, mas ninguém atendeu a reportagem.


G1

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