quinta-feira, 4 de outubro de 2012

04/10- Empresário diz ser dono do R$ 1,1 mi apreendido em Parauapebas (PA)

Um empresário de Parauapebas (sudeste do Pará) afirma ser o dono do R$ 1,1 milhão apreendido pela Justiça Eleitoral nesta terça-feira (2) no aeroporto local e diz que havia prometido parte do recurso a um partido político, não revelado.
João Vicente, proprietário da empresa White Tratores, afirma porém que o dinheiro tem origem legal e comprovada e que serviria principalmente para o pagamento de seus funcionários.
Justiça Eleitoral flagra avião com R$ 1,1 milhão em dinheiro no interior do Pará
Segundo ele, o dinheiro transportado era o pagamento de um cliente corporativo de Belém. Ele diz que sua conta bancária está sob protesto e que, por isso, mandou um avião monomotor, de sua propriedade, para buscar o dinheiro na capital do Estado.
A Justiça havia recebido uma denúncia anônima de que uma remessa de recursos chegaria nesta terça pelo aeroporto e seria destinada a campanhas eleitorais em Parauapebas.
O dinheiro foi apreendido e três pessoas (o piloto e um casal) foram levadas à Polícia Federal de Marabá para prestar depoimentos. A PF investiga o caso. 

De acordo com Vicente, ele foi procurado inicialmente por um partido que queria trocar um cheque por dinheiro. 

"Aqui em Parauapebas, o pessoal está doido atrás de dinheiro [para campanhas]. Houve pessoas que me procuraram pedindo. Eu falei 'tem um dinheiro que vou receber, vou mandar buscar lá em Belém, se me pagarem tudo, eu posso trocar esse cheque'", disse à Folha.
O empresário se negou a dar detalhes sobre o caso e diz que tem sido assediado por pessoas pedindo doações a partidos. "Não foi só uma pessoa que estava me procurando, então não quero fazer acusações". 

Segundo ele, o casal que estava no avião apenas pegou "uma carona".
"São amigos de um amigo meu de Belém e ele me pediu para eu dar essa carona. Eu tinha enviado apenas o piloto para buscar o dinheiro", afirmou. 

Vicente diz que tem todas as notas fiscais do serviço prestado e que contratou uma advogada para esclarecer o caso. 

O empresário afirma que na terça fazia exames médicos, porque sofreu uma fratura na costela, e que, por isso, não foi à PF dar explicações sobre o fato. 

De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sua empresa doou R$ 30 mil a um candidato a prefeito do PMDB em Marabá em 2004 e outros R$ 3 mil a um candidato a vereador do PT em Parauapebas em 2008. A sede da empresa é em Canaã dos Carajás, município próximo. 

Parauapebas fica na região da Serra do Carajás, rica em minério e sede de complexo da Vale, uma das maiores empresas do país. 


Fonte: Blog "Estado do Tapajós"

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