O avião de Luiz Feltrin sumiu no PA em março com 4 passageiros.
Equipes de resgate somam quase 400 horas de buscas.
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Antes disso, Feltrin já havia acionado o controle de voo para saber das condições climáticas na região. "Foi informado para o comandante que estava chovendo na vizinhança e a visibilidade estava se restringindo” Jetson Gomes, operador de pista de Jacareacanga.
O piloto do bimotor, de 53 anos, tinha mais de 30 de experiência em voos na amazônia. A viagem de 300 km entre Itaituba, de onde a aeronave partiu, até Jacareacanga deveria durar 55 minutos, mas o avião não chegou ao seu destino: as 12h50 luiz Feltrin entra em contato com dario e diz que o segundo motor havia parado. O bimotor sumiu dos radares ao meio dia e 53.
A aeronave transportava quatro pessoas, todos funcionários da Secretaria de Saúde indígena: eram três técnicas de engermagem, que iriam distribuir medicamentos para aldeias do Pará, além do motorista Ary Lima. Eles passariam 20 dias trabalhando na região.
Rayline avisou o tio de problemas na aeronave
(Foto: Luana Leão/G1)
Uma das passageiras, a técnica de enfermagem Rayline Campos, chegou a
enviar uma mensagem de celular para o tio, alertando sobre a pane. “Tio,
to em um temporal e o motor parou. Avisa a mãe que amo muito todos. To
aflita, to em pacnico. Se eu sair bem aviso. To perto de Jkre. reza por
nós, não avisa a tia ainda”. Um minuto depois a segunda mensagem: o
motor tá parando, socorro tio. “Passei uma mensagem pra ela de volta, aí
não teve retorno, nada, falei, vou já ligar, liguei e não consegiu mais
nada”, disse Rubélio Santos, tio da técnica.(Foto: Luana Leão/G1)
Trajeto complicado
No caminho entre as duas cidades existem parques e reservas florestais. São áreas preservadas de mata nativa, além disso é uma região de serra montanhosa, e é difícil encontrar áreas descampadas, onde seja possível fazer um pouso de emergência.
Em Jacareacanga, vários parentes dos desaparecidos acompanham as buscas. "Eu acredito que eles estão vivos, eu digo vivos e eesperando a nossa ajuda esperando o resgate” irmã de Luciney, Sidney Aguiar.
Avião Orion foi utilizado nas buscas no PA
(Foto: CBS Silva / Agência Força Aérea)
As buscas são coordenadas pela Força Aérea, que chegou a empregar um
avião P3-Orion em sobrevoos na região. A aeronave possui sensores
capazes de detectar partes metálicas na mata e no fundo do mar. Além
dele, as aeronaves da Fab já relizaram mais de 198 horas de voos,
cobrindo uma área de 23 mil km quadrados.(Foto: CBS Silva / Agência Força Aérea)
Em terra, equipes de resgate e voluntários também lidam com os problemas da mata da região. Segundo o tenente do corpo de bombeiros, Tiago Vilhena, existem cobras, insetos e onças na área, além de outros bichos.“Porcos do mato que são muito perigosos, a gente sempre que anda nessas regiões procura andar armado, pra proteger a nossa equipe”.
A equipe de resgate em terra já percorreu 5 km de selva em mais de 200 horas. Mas o número de militares, que são cerca de 25, é considerado pequeno para as famílias das vítimas. “Tempo é vida né? Se eles tiverem vivos na mata, quanto mais tempo demorar, um dia a mais é um dia a menos”, avalia Jéssia Feltrin, filha do piloto.
Jéssica juntou 19 mil reais em doações para oferecer uma recompensa para quem encontrar o avião. “muitos deixam seus trabalhos e entram na mata para procurar a aeronave, os que não podem fazer isso, doam, suprimento, equipamento”, revela. “E nisso que a gente se apega para não ter que desistir”.
Fonte: G1 Pará
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