segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

17/12- Gafes rondam as festas de final de ano

Começou a temporada das confraternizações de final de ano promovidas por empresas e grupos de amigos. Mas, é sempre bom lembrar que esses encontros adotam certas regras para se evitar gafes que possam se tornar motivos de piada ou até de constrangimento. Numa época em que muitas pessoas com celulares não resistem a filmar a vergonha alheia e espalhar pelas redes sociais, evitar ficar bêbado é a regra número um. Numa reunião do trabalho, se exceder pode até resultar numa impressão negativa ou até demissão. A professora e consultora de moda e etiqueta Felícia Assmar dá algumas dicas para se evitar esses problemas e aproveitar o evento da melhor forma possível sem ser alvo dos comentários maldosos do dia seguinte.


A professora começa destacando que o horário deve ser cumprido, já que alguns locais são reservados com tempo de duração definido. As confraternizações do trabalho geram momentos de descontração, mas que ainda assim contam com chefes e pessoas que possivelmente não abrem tanta intimidade. Logo, tratar todos com muita intimidade, principalmente superiores (mesmo que fora do trabalho sejam amigos) não é recomendado. É permitido brincar, sorrir e conversar, mas tudo sempre de forma respeitosa, educada e sem exageros. Logo nada de falar alto e tentar chamar atenção de todos a cada momento. As roupas também precisam ser escolhidas para cada ocasião. Porém, as roupas de ir para a 'balada' são as menos recomendadas. As mulheres precisam ficar atentas à maquiagem e roupas muito curtas, decotes muito generosos ou mostrando muito as pernas. Os homens não podem ir com roupa que vão para o futebol ou para as casas de amigos.



As bebidas alcoólicas são um risco para a etiqueta em qualquer evento. 'Claro que pode beber, mas nada de beber até perder o controle. Um bêbado pode se tornar motivo de piada durante o ano todo e fazer coisas que possam envergonhar', observa Assmar. Exagerar na comida também deve ser evitado a todo custo. Os pratos 'montanha' não devem ser feitos. O ideal é fazer pratos pequenos e visitar o buffet várias vezes. Isso permite que todas as refeições sejam provadas sem excessos. Também não se deve apenas comer e parar de conversar com as outras pessoas. Mastigue bem para não falar de boca cheia, mas continue participando das conversas. Procure manter os lábios sem resíduos de comida antes de falar.



Pode haver música ou shows. Se isso acontecer, melhor não ficar comentando caso não goste do estilos. Mas se gostar demais e acabar sentindo vontade de dançar, desde que haja espaço, é permitido ir e convidar alguém educadamente. Para os pés-de-valsa não criarem um clima de constrangimento, dançar com todos os convidados a noite toda pode intimidar outras pessoas. Dar shows também cantando ou fazendo discursos é desnecessário. 'Novamente evitar ser o centro das atenções e dar show. Se for permitido levar acompanhante, lembre de apresentar aos presentes e tentar incluir o acompanhante nas conversas para que não se sinta deslocado', recomendou a professora.



A brincadeira do amigo invisível também tem suas regras. “Se foi determinado um valor específico, dar um presente muito mais caro pode pode intimidar ou envergonhar outras pessoas. Já dar um presente muito mais barato pode deixar a pessoa sem jeito e quem deu o presente pode passar vergonha”, acrescentou a consultora. 



Assmar garante que se essas recomendações forem seguidas, no dia seguinte ninguém criará problemas ou fará piadas. Porém, no dia seguinte é extremamente recomendável guardar as críticas para si. “O que for bom deve ser comentado, mas sem puxar o saco. Pode dizer que um colega estava bem vestido, que a comida estava boa, que a música foi divertida, que o ambiente foi agradável, enfim, mas tudo natural”, concluiu.



Micos - Roberto Andrade, de 40 anos (nome e idade fictícios), reconhece que tem problemas em controlar a bebida depois que começa. Por isso, lembra de pelo menos dez “micos” diferentes que pagou nos últimos anos. “Lembro de uma festa do sindicato da qual faço parte numa antiga boate do Kaveira (Mystical). Bebi muito mesmo. Aí chegou uma hora que subi nas gaiolas onde ficavam as dançarinas e tirei a camisa, fiquei rodando e gritando. Muita vergonha mesmo. Mas só fui saber disso no dia seguinte, depois que me mostraram os vídeos que fizeram. Esse vídeo depois circulou pela internet e nos e-mails do pessoal pelo menos por uns três anos”, contou.



Fonte: Portal ORM