quarta-feira, 19 de abril de 2017

Chape cai na manjada catimba uruguaia e tropeça no Nacional




    Catimba. Uma palavrinha chata, repetitiva, e que teima em atrapalhar a vida dos brasileiros na Libertadores. Por mais que seja estreante, a Chapecoense certamente entrou em campo na Arena Condá, nesta terça-feira, ciente disso. Só que não teve jeito. O tricampeão Nacional fez a armadilha e fisgou um ponto na volta para o Uruguai. Com 30 minutos de bom futebol e uma hora de nervosismo, o Verdão ficou no 1 a 1, em partida válida pela terceira rodada do Grupo 7. Reinaldo abriu o placar, de pênalti, e Silveira empatou.
  • destaquecomo ficou? Chapecoense e Nacional seguem empatados na classificação da chave, agora com quatro pontos. Os uruguaios levam vantagem no saldo de gols: zero contra -1. Na quinta-feira, dia 27, as duas equipes voltam a se enfrentar, às 21h45 (de Brasília), no Parque Central, em Montevidéu. Quem ficou na boa no Grupo 7 foi o Lanús, que fez 5 a 0 no Zúlia e se isolou na liderança, com seis, deixando os venezuelanos com três.
  • destaqueHITÓRIA EM FOTOS Veja como foi o jogo, só em imagens

  • destaquePRIMEIRO TEMPO Na bola, o primeiro tempo foi da Chape. Na catimba, foi do Nacional. Com oito vitórias consecutivas e campeão do returno do Catarinense, o Verdão entrou em campo como se esperava: sem medo dos uruguaios e
    repetindo a intensidade ofensiva que se tornou habitual. O ímpeto até deixava espaços na defesa, mas controlados e que sumiram diante da posse de bola e pressão. Aos 9, Arthur Kayke sofreu pênalti convertido por Reinaldo. Foi o único gol de uma série de oportunidades com João Pedro, Apodi e até um bem anulado, marcado por Wellington Paulista.

    Atordoado, o Nacional não conseguia ter a bola nos pés e parecia presa fácil. Parecia. Não à toa, os uruguaios são recordista de participação na Libertadores (44) e fizeram valer a experiência. Primeiro, Rossi se irritou. Depois, W. Paulista reclamou de falta no meio-campo. E a Chape se desconcentrou. Foi quando Kevin Ramirez cruzou para Silveira empatar, aos 40. E poderia ser pior se Artur não espalma chute forte de Espino antes do intervalo.
  • destaqueSEGUNDO TEMPO Antes mesmo de a bola rolar para o segundo tempo, as fortes e incomuns vaias para o Nacional na saída do vestiário eram um indício do clima de tensão na Arena Condá. Em campo, a Chape seguia sem encontrar o equilíbrio que a fez dominar boa parte da etapa inicial, enquanto os uruguaios nitidamente administravam o tempo. O empate estava de bom tamanho. A passividade da equipe fez Mancini mexer em peças e estrutura.

    Com Moisés no lugar de Apodi, João Pedro voltou para lateral e Luiz Antonio ganhou liberdade no meio. No ataque, Túlio de Melo substituiu Wellington Paulista. A Chape, enfim, pressionou. No primeiro lance, o camisa 10 disputou no alto com García, e Conde fez uma defesaça. Logo depois, trombada com o goleiro, finalização prensada, e a bola cruzou toda linha do gol. Teimava em não entrar. E não entrou para festa de um Nacional que não se privou de fazer cera e usar a catimba contra uma ainda inocente Chape. Semana que vem, tem reencontro em Montevidéu.
  • destaquepúblico e renda Público total: 12.320 torcedores
    Renda: R$ 345.430,00
  • destaqueREINALDO INCANSÁVEL Se tem um jogador que merece elogios na noite de terça, é Reinaldo. Incansável, o lateral foi quem mais buscou o ataque, descolou bons cruzamentos e fez seu quarto gol na temporada. Perfeito nas cobranças de pênaltis. Ele é ainda, ao lado de Girotto, quem mais esteve em campo pela Chape na temporada: 22 partidas.
  • destaqueVELHA ESTRATÉGIA A partida parecia controlada para a Chapecoense. Com muita intensidade e posse de bola, a equipe de Mancini fez 1 a 0 e desperdiçou boas chances até os 30 minutos. Teve até gol anulado. Até que o Nacional mudou o panorama na malandragem. Primeiro, cutucou Rossi com falta na lateral. Depois, Wellington Paulista foi atingido no meio. E pronto: o Verdão se desestruturou. O nervosismo ficou evidente, e os uruguaios aproveitaram o vacilo para empatar e quase virar ainda no primeiro tempo. Na etapa final, o panorama mudou pouco. Muita cera nas bolas paradas, trancos mais fortes, lentidão nas substituições. O foco da Chape seguiu nas reclamações e o gol da vitória não saiu.
  • destaqueNADA DE RECORDE O empate impediu ainda que a Chapecoense igualasse as maiores séries de vitórias de sua história, com nove em 1977 e 2007. Eram oito triunfos consecutivos, desde o revés para o Lanús, também na Arena Condá: sete pelo Estadual e uma pela Recopa.



FONTE GLOBOESPORTE.COM

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