quinta-feira, 20 de junho de 2013

20.06- ONG faz campanha para ajudar cães resgatados na ilha do Marajó, PA



Os cães resgatados por uma Organização Não-Governamental (ONG) em Santa Cruz do Arari, no arquipélago do Marajó, estão em Belém desde a última segunda-feira (17). O local onde eles estão abrigados fica no distrito de Outeiro, e pertence a uma mulher que cedeu a casa voluntariamente para receber os bichos. Apesar de já resgatados, os animais estão bastante debilitados. Por isso, uma ONG está realizando uma campanha para coletar ração e materiais que ajudem no tratamento dos cachorros.
Os 82 cães foram resgatados com a colaboração de diversas ONGs, inclusive uma de São Paulo, que usaram barcos e contaram com o apoio de ribeirinhos da região para recolher os animais. "Eles foram resgatados, alguns no rio, outros no mato, e outros nas casas dos ribeirinhos. Foram três dias de resgate", conta um dos integrantes da ONG, Juca Sobreiro.
Assim que chegaram ao abrigo em Outeiro, os animais foram imediatamente vacinados contra raiva. Eles também receberam os primeiros atendimentos veterinários. Porém, para alguns deles, talvez isso não seja suficiente devido ao grau de debilidade em que se encontram.
O objetivo agora, é que os cachorros sejam tratados e possam ser colocados para adoção a partir de agosto.
Entretanto, para a recuperação total deles, o local precisa de ajuda, já que só de ração, por exemplo, são gastos por dia 60kg.
"Nós estamos fazendo várias campanhas de doação de alimento, medicamento, jornal, toalha, shampoo, sabonete, tudo para ajudar os animais", explica a bacharel em direito, Raquel Viana.
Para saber mais informações sobre como ajudar os cães resgatados, basta entrar em contato com Raquel Viana, através do telefone (91) 8884-2222.
Entenda o caso
A população de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, denunciou a caça a cães instituída pelo prefeito Marcelo Pamplona (PT). Segundo os moradores, a prefeitura, no dia 28 de maio, pagou pela caça de cães e cadelas, e os animais apreendidos teriam sido mortos.
A Delegacia de Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil, abriu inquérito para apurar o caso. O Ministério Público Estadual (MPE) também instaurou inquérito civil para investigar as denúncias. No documento, assinado pela promotora Jeanne Maria Farias de Oliveira, uma análise preliminar de imagens onde os cães aparecem amarrados e alojados dentro de um barco, podem configurar crueldade com animais, conduta passível de responsabilização civil e criminal.


Fonte: G1 Pa

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