segunda-feira, 6 de maio de 2013

06.05- Mãe mata filho de 7 meses com facada no pescoço

 


Na manhã deste domingo (05), a dona de casa Mayara Solimões Silva, 20 anos, saiu de casa sendo levada pelo Serviço Móvel de Urgência (Samu 192), deixando marcas de sangue pelo corredor da vila
onde mora, na passagem João Marques, no bairro da Sacramenta. A população ainda tentou linchar Mayara, que foi levada para o Pronto Socorro da 14 de Março. Segundo os vizinhos que estavam no local na hora do crime, ela, ainda atordoada, afirmava que tinha acabado de matar o filho N.R.S, de apenas 7 meses, com uma facada no pescoço e depois tinha tentado suicídio cortando os pulsos.

Mayara vivia com o pai da criança, o cozinheiro Maycon Rogério Araujo Monteiro há mais de dois anos, mas nos últimos meses as brigas entre o casal eram intensas, e antes dela cometer o crime, ainda na manhã de ontem, ligou para Maycon dizendo que aquela seria a última vez que ele ia ouvir a voz do filho. “Ela ligou primeiro para a mãe dela, pedindo que a mãe nunca esquecesse dela e nem do filho, depois ligou para Maycon dizendo que ele nunca mais ia ver o filho, muito menos escutar a voz da criança”, conta um vizinho que preferiu não se identificar.

Os avós paternos da criança chegaram ao local do crime sem entender o motivo de tanta violência. “Essa moça chegou a morar com a gente em casa mas só por dois meses. Ela dizia para o Maycon que não se entendia com a sogra e pediu que eles fossem morar em outro lugar. Depois disso, passei mais de um ano sem ter contato com o meu filho. Já tinha alguns dias que ele ligava para casa, dizendo que ia se separar da Mayara, e que não aguentava mais as brigas”, conta o pai de Maycon, Narcizo Gonçalves Monteiro.

Na última quarta-feira Maycon saiu de casa para ir trabalhar e a esposa saiu atrás dele. “Ela foi bater na porta do trabalho do meu filho. As maiores brigas deles era porque ele trabalhava demais e não podia ficar mais tempo em casa. Esta moça chegou até a queimar parte das roupas do meu filho”, conta Narcizo.

A tia de Mayara revela que a moça adorava o fato de ser mãe e que não esperava que um dia ela teria coragem de fazer o que fez. “Ela era uma boa mãe, sempre ia com a criança lá em casa. A Mayara também nunca se queixou para a família sobre as brigas com o marido. Ela era muito calada, se tivesse passando por problemas jamais falaria para nós”, relatou Elaine Cristina Solimões.

Mayara foi atendida no PSM da 14 de Março e segundo a Secretaria Municipal de Saúde o estado de saúde dela não é grave. A jovem precisou fazer curativos nos locais dos cortes (pulsos) e logo em seguida foi encaminhada para o Hospital das Clínicas para ser avaliada por um psiquiatra.



Diário do Pará e blog Estado do Tapajós

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