Segundo Antônio, o documento não foi assinado para garantir que as negociações com o CCBM possam ser feitas. “Não é um problema de justiça e nem político. Basta o CCBM vir aqui e resolver a nossa situação”, afirma.
De acordo com o Consórcio, as negociações não podem ser feitas com o Conlutas porque a entidade "não representa e jamais representou os trabalhadores que atuam na construção da Hidrelétrica Belo Monte". O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav) é a única instituição sindical reconhecida pelo Ministério do Trabalho, e consequentemente pelo CCBM, como representante legal dos trabalhadores.
Segundo o presidente do Conlutas, um abaixo-assinado para pedir a mudança do sindicato oficial já teria sido feito. "Nós só vamos sair daqui depois que o CCBM vier falar com a gente. Estamos preparados pra dormir e passar o tempo que for preciso. O que os trabalhadores vivem aqui é uma exploração”, afirma.
Procurado pelo G1, nenhum representante do Sintrapav foi encontrado para comentar o caso.
Entenda o caso
Desde a última sexta-feira (5), funcionários do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) fazem um protesto em frente ao canteiro de obras dos sítios Pimental e Belo Monte. Segundo o CCBM, nesta segunda-feira (8) a situação no sítio Pimental foi normalizada, e os operários voltaram ao trabalho. Ainda de acordo com o Consórcio, um grupo de 150 funcionários do sítio Belo Monte permanecem de braços cruzados. Esta paralisação, porém, não interrompeu as atividades do local, que funciona parcialmente.
Os manifestantes elaboraram uma pauta com 35 pontos de negociação, referentes principalmente a questões salariais. Entre as reivindicações estão: adicional de 40% para os operários alojados; primeira baixada de três meses para os trabalhadores de outras cidades, que é o período de folga de 10 dias para visitar a família; pagamento de 70% a mais no valor da hora extra aos sábados e 100% do adicional aos domingos.
Fonte: G1/PA
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