terça-feira, 23 de outubro de 2012

23/10- 13º deve injetar mais de 2 bilhões na economia paraense



As vésperas do início do pagamento da primeira parcela do 13º salário para parte dos trabalhadores paraenses, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) afirma que cerca de R$2,4 bilhões serão injetados na economia do Estado. Dinheiro que deve beneficiar cerca de 1,8 milhão de pessoas.

De acordo com a pesquisa do Dieese no Pará, os valores que serão pagos em 2012 estão maiores 14,22% do que os registrados em 2011, quando foram pagos R$2,1 bilhões. Do montante que deve receber o abono de ano, 728.296 são beneficiários da Previdência Social, entre eles aposentados ou pensionistas, e os outros 1.061.625 milhão, são empregados do setor formal da economia, contribuintes da Previdência.

Já os empregados domésticos com carteira assinada, abrangidos pelo 13º salário, alcançam um total de 25.682 pessoas, correspondendo a 1,4% do total geral. O número total de pessoas beneficiadas pelo pagamento do 13º Salário 2012 no Pará (1.815.603) representa um crescimento de 5,18% em relação aos abrangidos pelo pagamento em 2011.

Para Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese no Pará, o aumento de beneficiário do 13º tem duas razões. 'A primeira é a continuidade dos investimentos em todo o Estado e consequentemente o aumento na geração de empregos formais. Esses foram os elementos importantes para que a quantidade de beneficiários continuasse em crescimento, mesmo com os reflexos da crise na nossa economia', disse.


O estudo mostra ainda que o total geral injetado pelo 13º é de R$ 2.410.128.599,00 (em 2011 o total foi de R$ 2.110.109.241,00).

No Pará, o valor médio a ser pago, estimado pelo Dieese, é de R$ 1.264,07. Já para os beneficiários da Previdência, o valor médio é de R$ 887,80. Para os empregados do mercado formal, o valor médio chega a R$ 1.645,77. Cada trabalhador doméstico com carteira assinada terá direito a um valor próximo ao salário mínimo.  

Destino - Para Roberto Sena, o dinheiro 'a mais' deverá ser usado para pagamento de dívidas. 'Com a inadimplência bastante elevada, motivada principalmente pela ainda elevada taxa de juros do crediário, cheque especial e cartões de crédito, é difícil imaginar que o consumidor queira se endividar ainda mais. Por isso, avaliamos que uma parte considerável desse dinheiro deverá ir mesmo para cobrir dívidas.

 'A orientação que damos é que se houver sobra dinheiro, que as pessoas procurem fazer compras à vista, evitando com isso o crediário, que ainda continua com juros abusivos bastante altos. E, quem conseguir ter uma sobra, que guarde-o na poupança', finaliza.


Fonte: Portal ORM

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