quarta-feira, 17 de outubro de 2012

17/10- Em nova avaliação, Azul calcula perda de R$ 20 milhões em Viracopos


Empresa realiza 85% das operações domésticas do aeroporto de Campinas.
Companhia foi obrigada a pagar despesas de clientes afetados.

Do G1 Campinas e Região
3 comentários
Aeroporto de Viracopos (Foto: Reprodução Globo News)Passageiros da Azul em balcão de check in de
Viracopos (Foto: Reprodução Globo News)
A Azul Linhas Aéreas fez uma nova avaliação e calcula que o prejuízo da empresa com o incidente em Viracopos é de cerca de R$ 20 milhões. O aeroporto de Campinas (SP) ficou fechado durante 45 horas entre sábado (13) e segunda-feira (15) e a companhia é responsável por 85% das operações domésticas no local.

Em nota, a empresa disse que, além dos valores, "existem perdas imensuráveis, como a experiência vivida pelos passageiros e o impacto à marca". A companhia falou que lamenta os transtornos causados e informou que "ainda está dimensionando a extensão dos danos causados aos seus clientes e à companhia".

O aeroporto de Campinas foi fechado às 20h de sábado, quando um avião cargueiro da Centurion Cargo teve problemas no trem de pouso e ficou parado na única pista de Viracopos. Os primeiros equipamentos para a remoção da aeronave vieram de São Paulo (SP) e a tentativa inicial de liberação da pista falhou no domingo (14).
Clientes afetados
A estimativa da companhia é que pelo menos 25 mil clientes tenham sido afetados pela situação. As normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) preveem uma série de direitos aos passageiros prejudicados por atrasos de voos, como alimentação, hospedagem, ter o transporte terrestre custeado pela empresa, entre outros.
A Azul foi a empresa mais afetada com a paralisação de Viracopos pois é responsável por 85% dos voos domésticos do aeroporto. Foram cancelados 470 voos até as 17h de segunda-feira, segundo informações da companhia.
Responsabilidade
O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que se por algum problema um avião bloquear a pista, é a empresa aérea que tem que fazer a retirada da aeronave. Se a companhia não apresentar recursos técnicos ou se não providenciar a retirada rapidamente o código diz que é a operadora do aeroporto que tem que fazer a remoção. Em Viracopos, é a Infraero a responsável pela operação.
Contudo, a estatal não tem nenhum equipamento de retirada de aviões de grande porte, o chamado Recovery-Kit, que custa R$ 2 milhões. O Recovery-Kit é um conjunto de ferramentas que, somadas, chegam a 25 toneladas. Ele é composto por colchões de ar, macacos hidráulicos, compressores e cintas com aço, que podem levantar até 200 toneladas.
Segundo a Infraero, o avião não poderia ser removido imediatamente, em Viracopos, porque, antes, era preciso retirar a carga e erguer o motor. A estatal informou que a operação foi executada de forma segura para garantir a reabertura do aeroporto sem danos à pista.
Para ler mais notícias do G1 Campinas e Região, clique em g1.globo.com/campinas. Siga também o G1 Campinas e Região no Twitter e por RSS.
Avião da Centurion permanece na área de manobras em Viracopos, em Campinas (Foto: Reprodução EPTV)Avião da Centurion permanece na área de manobras em Viracopos, em Campinas (Foto: Reprodução EPTV)
tópicos:


G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário