sexta-feira, 20 de julho de 2012

20/jul- Cresce homicídio de jovens no Pará

Em uma década, o índice de homicídio de crianças e adolescentes até os 19 anos do Pará aumentou 367,4%. A taxa saltou de 4,3 mortes para cada grupo de 100 mil jovens, para 19,2. Em números brutos, foram 129 assassinatos de jovens, em 2000, e 603, em 2010. O Estado responde por 60% de todos os homicídios de menores de 19 anos da região Norte, que aparece como a segunda região mais violenta do País, com taxa de homicídios de 15,5. Fica atrás, apenas, do Nordeste que registrou o índice de 17,8 no fim da última década. As duas também foram recordistas no aumento de assassinatos entre 2000 e 2010. No período, o Nordeste ampliou a taxa de homicídios em 137,5% e o Norte em 123,9%. Em todo o País, o indicador foi de 13,8 mortes a cada 100 mil habitantes jovens - em 2000, era 11,9.



Esses dados foram divulgados ontem, em Brasília, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e fazem parte do mapa da violência 2012, 'Crianças e Adolescentes do Brasil', que tem como base as informações do Ministério da Saúde. Segundo a pesquisa, o Pará é o sétimo estado mais violento do País. O trágico cenário paraense só não é pior do que os encontrados em Alagoas, cuja média de assassinatos é de 34,8; no Espírito Santo, com taxa de 33,8; na Bahia, com 23,8; no Distrito Federal, com 22,9; no Amapá, com 22; e na Paraíba, com 21,6. Já na comparação dos Estados que mais aumentaram os índices de violência na década passada, o Pará surge em terceiro, superado pela Bahia e pelo Rio Grande do Norte, que evoluíram as taxas de homicídios em 576,6% e 387,4%, respectivamente.



Belém também apresentou um dos maiores avanços dos índices de violência do País. Em 2000, a taxa da capital era de 14,8 jovens assassinados. Já em 2010, aumentou para 39,5 (evolução de 166,3%), fazendo com que a cidade ocupasse a 7ª posição dentre as capitais com maior número de homicídios de jovens. No mesmo período, o número de assassinatos aumentou de 76 para 178 casos. Maceió manteve o inglório título de capital mais violenta para as crianças e jovens por mais um ano, com índice de 79,8 a cada 100 mil. Em seguida, aparecem Vitória, com taxa de 76,8; João Pessoa, com 59,4; Salvador, com 58; Recife, com 41,8; e Fortaleza, com 41,1.



Na comparação entre os municípios brasileiros, do interior e regiões metropolitanas com mais de 20 mil crianças e adolescentes, Belém fica na 39ª posição. A capital é superada no Estado por Ananindeua, com taxa de homicídio de 88,6; e Marabá, com 43,1. Simões Filho, na Bahia, continua ocupando o primeiro lugar do Brasil, com uma taxa de 134,4 homicídios em relação à população.



Fonte: Portal ORM com informações do Jornal Amazônia

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