terça-feira, 24 de abril de 2012

24/abr- Polícia indicia acusados de exploração de madeira


Se condenados, os quatro homens podem ficar detidos por até três anos na prisão e pagar multa

 


A Polícia do Pará já indiciou os quatro acusados de comandar a exploração ilegal de madeira na região do Rio Mamuru, no município de Juruti, oeste do Estado. O inquérito policial que acusa os envolvidos por crime ambiental é resultado da operação Mamuru II, que ocorreu durante os meses de março e abril naquela localidade. Se condenados, os quatro homens podem ficar detidos por até três anos na prisão e pagar multa, que será estipulada pela Justiça.


O delegado da Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema) da Polícia Civil, Marcos Lemos, explica que a partir da operação no entorno do rio Mamuru, em Juruti, foram constatados diversos crimes ambientais na região em que o Estado está criando concessões para a exploração sustentável de madeira. “A partir das investigações chegamos aos cabeças da exploração, que comandavam todo o esquema de derrubada, retirada e venda da madeira. Agora eles estão sendo indiciados por crime ambiental”.


Segundo o delegado da Dema, os crimes identificados no local da operação foram a destruição de florestas em área de preservação, destruição de mata nativa e atividade madeireira sem licença ambiental ou autorização do Estado. “Já indiciados, eles vão responder por esses crimes na Justiça, que decidirá se eles são acusados ou não”, explicou Lemos, que encaminhou à Justiça perícias do Centro de Perícia Científicas (CPC) Renato Chaves, comprovando a exploração ilegal comandada pelos acusados.


Exploração desarticulada
A operação Mamuru II contra o desmatamento e a exploração ilegal de madeira desarticulou duas estruturas madeireiras. As investigações apontaram que ambas eram comandadas pelos quatro indiciados. Segundo a investigação, a madeira era retirada de comunidades do rio Mamuru, ao sul de Juruti, e levada para Parintins (AM) e Belém.


Entre os acusados está Claudecy Pereira, que reside em Paritins, e José Osvalmir dos Santos, conhecido como “Mica”, de Santarém (PA). De acordo com os depoimentos colhidos pela Dema, eles trabalhavam para a GC Madeiras, que teria como donos dois homens chamados Ciro e Tiago, pai e filho, de Belém, que também foram indiciados. Estes seriam os principais exploradores da região, e faziam acordos financeiros e materiais com as comunidades para garantir a extração.


A operação Mamuru II identificou as duas principais áreas de onde a GC Madeiras retirava madeira. Entre as áreas exploradas está uma próxima a comunidade Mirizal, no rio Mamuru. Uma delas ficava na área denominada Mocambo, localizada às margens do rio Mamuru. O local mostrava a ousadia e ao mesmo tempo a infraestrutura que os madeireiros aplicavam na exploração ilegal. Na beira do rio, uma pista de pouso feita de brita, material resistente, medindo mais de 800 metros. Próximo a pista, dois portos para o embarque da madeira derrubada ilegalmente. Os três pontos de embarque e desembarque eram ligados por uma estrada principal, com vários ramais. O caminho levava ao ponto de extração, a 20 km do começo da estrada.


Neste ponto, localizado na área onde o Estado irá realizar a concessão para a extração legal, um acampamento bem estruturado, com gerador de energia, eletrodomésticos, televisão, antena parabólica e até mantimentos foi encontrado pelos agentes da Mamuru II.


Com a investigação e a identificação dos principais exploradores, a Polícia acredita ter desarticulado a exploração ilegal na região. A partir da criação das concessões, com as quais empresas especializadas estarão autorizadas para explorar de forma sustentável as áreas, empregando as famílias das comunidades, guaritas de segurança serão montadas para garantir a segurança do local.


Fonte: http://www.oimpacto.com.br/
Com informações da Agência Pará

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