sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

27/jan- INCRA fecha maior projeto do Brasil

Comitiva de prefeitos e vereadores cobram solução


Francisco Carneiro e Adalberto Anequino com comitiva de prefeitos e vereadores

A decisão do Governo federal em fechar a Unidade do Incra em Itaituba está causando um grande prejuízo à região. Várias manifestações estão sendo realizadas contra o fechamento, que está prejudicando os produtores rurais. Diante da situação, uma comitiva formada pelos prefeitos de Itaituba e Aveiro, bem como de vereadores e assessores, esteve reunida com superintendente do Incra em Santarém, Francisco Carneiro, para encontrar uma saída e reativar a Unidade do órgão em Itaituba.

 
Na manhã de terça-feira, 24 de janeiro, o vereador Luís Fernando dos Santos Sadeck, Peninha, do PMDB de Itaituba, esteve visitando o Superintendente do INCRA em Santarém, Francisco Carneiro, juntamente com os prefeitos de Itaituba, Walmir Climaco e de Aveiro, Ranilson Prado, além de assessores dos dois governos. O motivo seria o fechamento da Unidade do Projeto Fundiário do Incra que funcionava em Itaituba. Indignados, eles pediram providências em relação a essa afronta à região.


A informação dada pelo Superintendente do INCRA foi que, através de uma circular encaminhada pelo Presidente Nacional do Órgão, havia sido declarado o fechamento imediato não só da Unidade de Itaituba, mas de várias outras do Brasil inteiro, sendo que os funcionários dessas Unidades seriam remanejados para outras cidades.


No próximo dia 6 de fevereiro o superintendente Francisco Carneiro viajará para Brasília, onde terá uma audiência com o Presidente Nacional do INCRA, Celso Lacerda Lisboa, e levará em mãos documentos encaminhados pela Câmara de Vereadores de Itaituba, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, pelos prefeitos Walmir Climaco e Ranilson Prado, bem como de outros prefeitos de mais 5 cidades que fazem parte do INCRA Itaituba, que são: Jacareacanga, Novo Progresso, Trairão, Ruropolis e Placas.


“Pedimos que olhasse com carinho para que não fechasse nosso projeto”, disse o vereador Peninha.


Itaituba é a cidade que tem o maior projeto fundiário do Brasil, sendo maior não somente em tamanho demográfico, mas também em responsabilidade da legalização de terras, pois possui 6 municípios subordinados a essa Unidade, e maior também por problemas de família. Desde 2006 não tem uma sede só para o INCRA em Itaituba, eles se alojam em uma sala cedida pela Prefeitura local. O fechamento foi em decorrência de um levantamento feito há alguns anos lá.


“Esse problema chega a ser um prejuízo muito grande para a região e principalmente para os produtores, que terão de se deslocar de Itaituba para Santarém para tirar uma simples Declaração do INCRA, certificando que são produtores rurais para poder se beneficiarem junto à Previdência Social. O caos será imenso. Vocês já imaginaram a super lotação que será o INCRA aqui de Santarém, com tantos produtores procurando seus serviços? Super lotação? Péssimo atendimento, tudo isso em decorrência de tão grande que será a procura. Só em Itaituba são 15 mil produtores rurais, com mais dos 6 municípios restantes chega a uns 35 mil produtores”, desabafou Peninha.


A Câmara de Vereadores de Itaituba está revoltada e não permite que um projeto tão grande como esse fosse fechado, que ao longo de sua história foi criado com o objetivo de legalizar terras da Amazônia. Serão enviados documentos aos senadores do Estado do Pará e aos Deputados Federais, com o sentido que os mesmos intercedam junto à presidência nacional do INCRA, para que nossa região não venha a se prejudicar.


A Prefeitura de Itaituba já se dispôs a ceder um local para a construção da sede do INCRA, dando suporte como água, luz, telefone e internet, para facilitar o atendimento aos produtores. “É engraçado, porque esses técnicos lá de Brasília não sabem a nossa realidade e esse fechamento será um grande prejuízo. Se for preciso faremos uma mobilização interditando BRs para chamar a atenção do Governo Federal, para reativar essa Unidade”, relatou o Vereador do PMDB de Itaituba.


Fonte: http://www.oimpacto.com.br/
Por: Fernanda Rabelo (Free lance)

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