quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

25/jan- Brasil cria menos empregos formais em 2011


 Como reflexo do arrefecimento da atividade econômica, a geração de empregos formais no Brasil recuou pouco mais de 25 por cento em 2011 e ficou abaixo da estimativa do próprio governo, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira.
Depois de fechar 408.172 postos de trabalho em dezembro, o ano terminou com 1.944.560 novos empregos criados com carteira assinada, pior desempenho desde 2009, ano afetado pela crise internacional e quando a abertura superou os fechamentos em 1,398 milhão de postos no Brasil. Em 2010, haviam sido criados pouco mais de 2,6 milhões de novos postos.
A última previsão da pasta era de que seriam abertas 2,4 milhões novas vagas em 2011. Essa expectativa foi deteriorando-se ao longo do ano passado com o agravamento da crise. O ministério chegou a projetar a abertura de 3 milhões de empregos neste ano.
O ministério informou que o setor que mais contribuiu com a abertura de postos em 2011 foi o de serviços, com 925.537 novos empregos. Em seguida aparecem comércio, com 452.077, e construção civil, com 222.897 postos.
NEGATIVO
O resultado de dezembro é o pior para o mês desde 2009, quando haviam sido fechadas 415.192 vagas.
Tradicionalmente, o último mês do ano são demitidas mais pessoas do que contratadas por conta de entressafra agrícola, término do ciclo escolar, e queda no consumo no final do ano.
Entre os 25 setores analisados pelo Ministério, houve mais contratações do que demissões em dezembro apenas entre instituições financeiras, serviços médicos e odontológicos, e extrativa mineral.
As maiores quedas do emprego ocorreram nos setores de indústria de Transformação, com fechamento de 146.004 postos, e serviços, com um saldo negativo de 84.096 empregos.
Até 2008, a média mensal no último mês do ano era de cerca de 300 mil fechamentos de postos de trabalho fechados. Em dezembro de 2008, foram cortados 655 mil postos. Desde então, os saldos negativos passaram a superar a casa de 400 mil.

Fonte: Reuters
Por Tiago Pariz

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