segunda-feira, 28 de março de 2011

28/março/2011 - Dois meses depois o Real Class ainda causa abalos

IMAGEM: estadodotapajos.blogspot.com
Amanhã completam-se dois meses do desabamento do edifício Real Class. As famílias que foram vítimas do acidente ainda se recuperam da experiência traumática. Os moradores apresentaram sequelas emocionais, e que são acompanhadas por psicólogos particulares e da Defensoria Pública. Os parentes das pessoas que morreram ainda tentam entender o porquê da tragédia. Os que perderam os bens e presenciaram o desabamento não conseguem dormir direito. Os traumas emocionais foram tão sérios que alguns não retornaram mais às casas ou precisam ser medicados para viverem tranquilos na rua Três de Maio, nobairro de São Brás, onde o prédio estava sendo construído.

'Os assistidos vieram buscar a Defensoria Pública e estão recebendo assessoria jurídica e psicológica. Foi avaliada o estado emocional de cada um dos assistidos e constatou-se que eles ficaram traumatizados com o acidente. Alguns chegaram a desenvolver o Transtorno do Estresse Pós-Traumático', conta a psicóloga, mestre em pesquisa do comportamento, Rosana Lemos. Ela foi a especialista designada para tratar alguns moradores que apresentaram sequelas emocionais. 'O laudo psicológico foi encaminhado ao defensor público. Foi montado um grupo terapêutico para conversar e superar o trauma vivenciado pelo desabamento do prédio. Muitas pessoas ainda estão nervosas, ansiosas e com medo de que o outro prédio caia quando vier uma chuva ou um trovão. Sempre vem a mente delas imagens negativas. A queda causou muitos traumas. O grupo tem a finalidade da superação', explica a psicóloga.

Segundo Rosana Lemos, algumas pessoas desenvolveram os sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático. 'A pessoa que passa por eventos traumáticos pode desenvolver ou não o transtorno. Depende da estrutura emocional. Por exemplo, existe um paciente que até hoje não consegue escutar o nome da avenida Três de Maio. Ela treme, fica nervosa e não queria voltar para casa. Ele voltou, mas não demora muito tempo no local. O paciente com o estresse relembra o fato e passa mal. Fica com a sensação de desânimo, vazio', conta.
 
FONTE:estadodotapajos.blogspot.com

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